ESCOLA
BONIFÁCIO CAMARGO GOMES
PROPOSTA
DE PROJETO
DIA DA
FÍSICA
ANO
2012
TEMA: A
EVOLUÇÃO DA FÍSICA
PROFESSORA
AUTORA DO PROJETO: KARINA FLÁVIA GARCIA ALMEIDA DE OLIVEIRA
FRANCISCO.
PROFESSORES
COLABORADORE: PAULO HENRIQUE BREDA E PATRÍCIA BERTOCCO
DOCENTES
ADMINISTRATIVOS: ERONDINA E MARIA APARECIDA SOARES
INTRODUÇÃO:
Este
trabalho apresenta uma proposta de metodologia para o ensino de
Física, de modo que o conteúdo a ser trabalhado se faça por um
meio contextualizado e interdisciplinar, envolvendo a construção do
conhecimento por meios diferenciados.
Não se
pretende á priori, abordar especificidades nestas metodologias, mas
apontá-las como possíveis estratégias metodológicas na
transposição didática dos conteúdos de Física.
O
Projeto “O Dia da Física do ano de 2012”, constitui-se em uma
série de demonstrações que aborda diversos assuntos sobre a
evolução da ciência Física, pois na luta pela sobrevivência o
homem foi aprendendo a conhecer a natureza e desvendar seus
segredos.
Quando o homem pré-histórico usou uma pedra para abrir o crânio de
um animal ou fez um arco para atirar uma flecha, ele estava
incorporando conhecimentos de Mecânica.
Os primeiros povos civilizados,
na Mesopotâmia e no Egito, aprenderam, entre outras coisas, a
bombear água para as plantações, a transportar e levantar enormes
blocos de pedra, a construir monumentos.
Mais tarde, com os gregos, nasceu a Filosofia. Herdeiros de um
longo processo de desenvolvimento cultural ocorrido nas regiões
próximas do Mediterrâneo, eles tentaram explicar o mundo através
unicamente da razão. Os conhecimentos anteriores aos gregos foram
obtidos na tentativa de resolver problemas práticos. Confundiam-se
ainda com os mitos e a religião.
Os gregos deram um enorme salto ao formular racionalmente os
princípios explicativos do movimento, da constituição da matéria,
do peso do comportamento da água, etc.
Como na sociedade grega todo trabalho físico era realizado por
escravos, os gregos não se preocupavam em resolver problemas
práticos. Valorizavam muito às idéias e muito pouco a
experimentação.
A decadência do Mundo Antigo e o advento da Idade Média
representaram um enorme retrocesso para a ciência. Uma sociedade
basicamente rural, dominada pela religião, e fazendo uso restrito da
escrita e de livros, poucas possibilidades oferecia ao
desenvolvimento científico.
O renascimento do comércio e da vida urbana, no final da Idade
Média, criou um ambiente próprio para a renovação cultural que
lançou as bases da ciência moderna. Foi nesse universo urbano em
formação que viveu, no século XVI, o personagem símbolo dessa
ciência: Galileu Galilei.
Galilei introduziu um procedimento fundamental para o cientista: a
necessidade de testar, com experiências concretas, as formulações
teóricas. Além disso, o genial italiano mostrou, com sua
prática, que o cientista precisa criar situações favoráveis de
observação, eliminando fatores que interfiram ou prejudiquem a
análise do fenômeno a ser estudado.
Outro momento importante na constituição do conhecimento ligado à
Física ocorreu no século XVII com Isaac Newton. Ele realizou
a primeira grande síntese da história da Física através da
formulação de leis gerais. Com isso, criou-se a possibilidade de
investigações novas em diversos campos. Newton criou, ainda,
um sistema matemático para resolver problemas de Física que antes
não tinham solução.
A partir dos fundamentos lançados por Newton ocorreram importantes
inovações científicas e técnicas. Ao longo dos séculos XVIII e
XIX, o progresso material derivado dessas inovações foi notável.
O final do século XIX foi uma fase de excessivo otimismo. Muitos
estudiosos de Física achavam que já conheciam os princípios e as
leis fundamentais do funcionamento do universo.
A Teoria da Relatividade, publicada por Einstein em 1905,
provocou uma verdadeira revolução no campo científico. As mais
arraigadas certezas, baseadas nas leis mecânicas de Newton, passaram
a ser revistas.
De lá para cá, os avanços foram enormes. A obtenção de
energia a partir da desintegração atômica, os satélites e as
viagens espaciais são alguns dos resultados mais conhecidos do
progresso recente da Física.
Citamos alguns nomes importantes ligados à evolução do
conhecimento humano sobre o mundo físico. Centenas de outros
poderiam ser acrescentados. O mais importante é entendermos que essa
evolução não é resultado da ação individual de alguns homens
notáveis e, sim, obra coletiva. São as condições históricas
de uma determinada sociedade que favorecem ou não a ampliação do
saber.
Ao estudar Física você provavelmente perceberá que uma das
lições da ciência é que a aparência é muito enganadora.
|
O projeto será apresentado de forma divertida e envolvente, sempre
sob a coordenação dos professores que estarão comprometidos com a
realização do projeto. Na proposta pedagógica de projetos
semelhantes ao Dia da Física, ensinar é um papel que cabe, com
maior pertinência, às atividades desenvolvidas nas salas de aula,
envolvendo o contato direto do professor e de seus alunos.
EMBASAMENTO
LEGAL: AS REFORMAS EDUCACIONAIS
A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB/1996 prevê
diretrizes para o currículo do ensino médio de forma a estar
presente a interdisciplinaridade e a formação de habilidades e
competências.
As
implementações das reformas educacionais definidas pela LDB foram
regulamentadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio – DCNEM/1998, que explicitam a articulação das
competências gerais que se desejam promover.
Com
enfoque na perspectiva interdisciplinar e contextualizada, de maneira
a organizar os currículos, moldados em competências e habilidades,
que apontem para uma aprendizagem significativa, os Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNs/1999 prevêem
uma reformulação do currículo de Física no Ensino Médio.
Porém,
o documento mais importante foi lançado em 2001 como um complemento
aos PCNs, são os PCNs + Ensino Médio: Orientações Complementares
aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Este
documento visa implementar as reformas educacionais até então
propostas, ao articular as competências gerais que se desejam
promover.
“Antes
se desejava transmitir conhecimentos disciplinares padronizados, na
forma de informações e procedimentos estanques: agora se deseja
promover competências gerais, que articulem conhecimentos, sejam
estes disciplinares ou não.”
Os PCNs
+ reforçam a necessidade de considerar o mundo vivencial em que o
jovem está inserido, sua concepção de mundo e modelos intuitivos
que ele traz em sua bagagem cultural.
Estes
documentos não trazem uma receita a ser seguida sem espírito
crítico, mas sim uma sugestão do que fazer para criar um novo, de
maneira onde estejam presentes a interdisciplinaridade e a formação
de competências e habilidades.
Uma nova
metodologia, qual será descrita nesse plano pode contribuir para uma
nova fase do Ensino da Física, ao seguir o que é sugerido nos PCNs
+, que apontam para um conhecimento com significado no momento mesmo
de seu aprendizado, não valorizando “o que ensinar de Física”,
cuja preocupação central está nos conteúdos, mas sim “para que
ensinar Física”, o que levará o aluno a adquirir competências
para lidar com situações reais que esteja vivenciando ou que venha
a vivenciar no futuro.
METODOLOGIA
PROPOSTA: OFICINAS DE FÍSICA
Para que
a prática pedagógica venha a adaptar-se ás novas exigências é
necessário que escolas e professores busquem uma nova postura e
forma de ser, e que rompa com o modelo tradicional vigente.
Os
professores devem ser antes de tudo mediadores e, sobretudo
motivadores daquilo que se quer ensinar.
Antes
mesmo de estudar em eletrostática os conceitos de carga elétrica e
suas interações, pode-se fazer alguns experimentos simples com
canudos de refrigerantes, bolas de aniversário ou atritar uma caneta
em um pedaço de tecido ou no próprio cabelo e fazer com que ela
atraia pedacinhos de papel. Também, pode-se citar o fato de tubos de
televisão e monitores de computadores atraírem os pelos dos braços.
Dessa maneira, o aluno atribui significado ao objeto da aprendizagem
e desperta maior motivação.
È
preciso que os professores trabalhem nesta motivação, com a
finalidade de reduzir a dicotomia teórico-prática e até mesmo de
desafiar a lógica positivista de organização da ciência, em que a
teoria precede a prática.
Esta
sinergia entre o aparato que se está construindo numa oficina, o
professor, os colegas e o uso da linguagem transformam a sala de aula
num ambiente social, levando ao desenvolvimento de suas funções
psicológicas superiores.
Esta
interação social é fundamentada na teoria de Vygotsky em relação
a desenvolvimento e aprendizado.
“O
processo de desenvolvimento do ser humano, marcado por sua inserção
em determinado grupo cultural, se dá “de fora para dentro”. Isto
é, primeiramente o indivíduo realiza ações externas, que serão
interpretadas pelas pessoas ao seu redor, de acordo com os
significados culturalmente estabelecidos.”
O
aparato que se constrói numa oficina funciona a princípio como
instrumento dotado de significado, que mediará à compreensão
inicial do fenômeno físico abordado, mas se transformará em
momentos posteriores em verdadeiros signos que auxiliarão na
representação mental de modelos físico-matemáticos.
Por
esses motivos essa oficina que terá como nome “O Dia da Física”,
deverá por meio de uma visão fenomenológica, associar teoria e
prática com condições necessárias para o desenvolvimento da
aprendizagem significativa. Em outras palavras disponibilizar-se-á o
material a ser aprendido de maneira relacionável e corporável à
estrutura do aprendiz de maneira não literal e não arbitrária.
ESTRATÉGIAS:
Desenvolvimento
de hipermídias, pesquisadas e construídas através do auxílio da
sala de tecnologia, que neste aspecto terá papel fundamental na
realização deste trabalho, uma vez que desta forma será possível
a realização de um trabalho em equipe pelos alunos do primeiro,
segundo e terceiro anos do ensino médio do período matutino,
vespertino e noturno. O desenvolvimento de todo o processo também
será feito através da construção de uma peça teatral que
demonstre dentro dos possíveis aspectos à evolução da ciência
física até os dias de hoje, preparando os alunos mesmo que
singelamente para a iniciação científica, despertando no educando
sua curiosidade e seu raciocínio.
Os
alunos atuarão como atores e serão treinados para apresentar as
demonstrações de forma excitante e emocionante. A platéia
participará de forma ativa e todo tempo será estimulada a interagir
entre si, com os "atores" e com os equipamentos que estão
sendo utilizados naquele momento. A emoção de cada apresentador, e
a receptividade dos assistentes, serão mutuamente estimula durante
as apresentações.
Para essa finalidade, serão desenvolvidos Roteiros Básicos de
Apresentação adaptando-os às características próprias de cada
professor envolvido no projeto. Dessa forma, as apresentações
contarão com uma seqüência estrutural definida, porém não
necessariamente seguindo um texto de apresentação rígido.
A perspicácia e sensibilidade dos "atores",
que estarão em interação constante com a platéia, e a
receptividade de cada platéia deverão ser exploradas para que as
finalidades da apresentação sejam alcançadas.
AVALIAÇÃO:
A avaliação é um instrumento fundamental no processo de ensino
aprendizagem que oferece o resultado do trabalho realizado pelo
professor e para o aluno analisar seu desempenho; portanto essa
avaliação será contínua, não se limitando a períodos
predefinidos, mas retratando todo o trabalho desenvolvido, bem como
as habilidades adquiridas pelo aluno durante o desenvolvimento do
projeto e das pesquisas efetuadas na sala de tecnologia, tendo em
vista sua capacidade em observar, interpretar situações, realizar
comparações, estabelecer relações, proceder registros e criar
novas soluções com a utilização das mais diversas linguagens.
CRONOGRAMA:
Previsto para apresentação no período noturno, no dia 14 de junho
de 2012.
BIBLIOGRAFIA:
ALONSO,
M. S. & FINN, E. S. Física. Volume I, Ed. Edgar Blucher, São
Paulo.
HALLIDAY,
D. et al.; Fundamentos da Física, volumes 1 e 2, Editora LTC –
Livros Técnicos e Científicos S.A., Rio de Janeiro.
NUSSENZVEIG,
H. M.; Curso de Física Básica, volume 1: Mecânica, Editora Edgard
Blücher
Ltda.,
São Paulo.
TIPLER,
P.A., Física. Vols. I e II, Editora LTC – Livros Técnicos e
Científicos S.A., Rio de Janeiro.
SERWAY,
R.A.; Física, Volumes: 1 e 2, Editora LTC – Livros Técnicos e
Científicos S.A., Rio de Janeiro.
Secretaria
de Educação Básica, Ministério da Educação- PCNs + Ensino
Médio- Brasília-2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário